quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Morre, aos 101 anos, Lévi-Strauss, pai do Estruturalismo

O Globo

Trópicos tristes
Morre o antropólogo Lévi-Strauss

Considerado o pai da antropologia moderna, pensador que influenciou as ciências humanas com seu projeto estruturalista, o francês Claude Lévi-Strauss morreu sábado, aos 100 anos. A morte do autor de clássicos como "Tristes trópicos" - obra inspirada em sua passagem pelo Brasil, viagem que marcou sua trajetória - foi anunciada ontem pela Academia Francesa. (págs. 1, 20 e 21)

'Ele acreditava que os antropólogos brasileiros haviam renovado seu pensamento'
Manuela Carneiro da Cunha antropóloga, professora da Universidade de Chicago, foi aluna de Lévi-Strauss no Collège de France de 1967 a 1970

Foto legenda: Claude Lévi-Strauss, seu pensamento virou referência para varias gerações de pesquisadores

Senado desafia STF e dá chance a cassado

O Senado desobedeceu ao Supremo Tribunal Federal e manteve no cargo o senador Expedito Júnior (PSDB-RO), cassado por crime eleitoral. Na semana passada, o STF havia determinado o afastamento dele e acusado o Senado de insubordinação. A posse do novo senador estava marcada para ontem, mas a Mesa da Casa aceitou recurso e vai ouvir Expedito Júnior na CCJ. (págs. 1 e 3)

País ainda sem metas climáticas
Dilma Rousseff e Carlos Minc não chegaram a um acordo, e mais uma reunião ministerial foi encerrada sem a criação de metas para a cúpula do clima, da ONU, em Copenhague, em dezembro. Novo encontro ocorrerá dia 14. (págs. 1 e 31)
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Folha de S. Paulo


Antropólogo Claude Lévi-Strauss morre aos 100
O antropólogo francês nascido na Bélgica Claude Lévi-Strauss morreu na madrugada do último sábado para domingo, a menos de um mês do seu 101° aniversário. A notícia foi divulgada apenas ontem. O enterro já foi realizado - sem a presença da imprensa, a pedido da família - na cidade de Lignerolles, no leste da França.

Um dos mais importantes intelectuais do século 20, Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna e é considerado o pai do estruturalismo. Seu livro mais célebre, "Tristes Trópicos", de 1955, relata suas experiências no Brasil, onde viveu na década de 30 e participou da criação da USP (Universidade de São Paulo). (págs. 1, A16 e Al8)

Brasil foi fundamental para obra

A experiência brasileira e os mitos dos índios contribuíram decisivamente para a obra de Lévi-Strauss.

Ao mesmo tempo em que valorizava esse Brasil de que os próprios brasileiros se envergonhavam, o antropólogo foi implacável em suas impressões sobre a sociedade brasileira urbana. (págs. 1 e A17)

'Tristes Trópicos' é livro que continua aceso na memória

Caetano Veloso especial para a Folha

Se há alguns livros que ficaram acesos em minha memória desde que foram lidos e para sempre, "Tristes Trópicos" é um deles. Lévi-Strauss detestava a promiscuidade entre alta cultura e cultura popular que via em contemporâneos mais jovens. Sempre senti carinho por ele, mesmo no seu grande esnobismo contra o esnobismo de massas. (págs. 1 e A18)

Foto legenda: Lévi-Strauss durante visita que fez à Amazônia em 1936, relata em livro duas décadas depois
Relator deve propor hoje ação contra Azeredo por valerioduto
O ministro do STF Joaquim Barbosa deve pedir abertura de ação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB), por suposta arrecadação ilegal em 98. (págs. 1 e A7)
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O Estado de S. Paulo


Manchete: Brasil deve ir a reunião de clima sem meta definida

Falta de consenso impede governo de fixar objetivos precisos contra aquecimento

Em vez de metas de redução de gases de efeito estufa, o Brasil deve levar à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em dezembro, uma carta de intenções que mostraria o “esforço voluntário" para combater o aquecimento global - como a redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 e ações nos setores industriais e da agroindústria. Ontem, após reunião ministerial, ficou claro que o País caminha para levar a Copenhague uma proposta sem definição de metas de redução de emissão de gases. Só houve consenso quanto à redução da derrubada da Floresta Amazônica. Os ministros pediram ao presidente Lula mais tempo e um novo encontro foi marcado para o dia 14. (págs. 1 e A16)

Impasse também em Barcelona

Em reunião em Barcelona, os países africanos deram um ultimato às nações ricas: só continuariam a discutir o Protocolo de Kyoto após os desenvolvidos apresentarem novas metas de redução de emissões. O Brasil apoiou. (págs. 1 e A17)

Morre Lévi-Strauss, 100

Antropólogo foi um dos grandes pensadores do século 20

A morte de Claude Lévi-Strauss, um dos maiores intelectuais do século passado, deixa o mundo menos inteligente, Lévi-Strauss, que deu aulas na USP entre 1935 e 1938, é considerado o pai da antropologia moderna, lembrado como o reformador da disciplina e introdutor do estruturalismo. Não existiria, dizia ele, diferença significativa entre pensamento primitivo e civilizado, tese desenvolvida em O Pensamento Selvagem, seu livro mais importante. (págs. 1 e Caderno Especial)

Frase
"A viagem ao Brasil representa a experiência mais importante da minha vida. Tenho, com este país, uma dívida muito profunda"
Lévi-Strauss, em 2005

Foto legenda: Década de 30 - O antropólogo em uma de suas expedições no Brasil

Repercussão

"Foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Revolucionou a antropologia"
Fernando Henrique

"Ele deixou um legado literário e filosófico, uma maneira de ler o mundo"
Roberto DaMatta

"A contribuição de Lévi-Strauss vai muito além da antropologia"
Sérgio Medeiros

Relator do 'mensalão de Minas' quer que STF abra ação

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, deverá propor hoje a abertura de ação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de ter cometido crimes de peculato e lavagem de dinheiro na campanha pela reeleição ao governo de Minas, em 1998. O caso é chamado de "mensalão mineiro", com desvio de recursos públicos, tido como embrião do mensalão petista. Azeredo negou o esquema. (págs. 1 e A16)
Um mundo dominado pela internet tem inconvenientes. Mas é um mundo onde as barreiras entre os países, entre os cérebros, estão destinadas a desaparecer. Mesmo o Irã integrista e a China comunista acabarão percebendo. A internet anuncia, talvez, “o fim dos Muros". (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil


Manchete: Governo vai limitar reajuste de aposentado

Emenda petista vincula ao mínimo, mas Planalto não aceita

Pelo menos mil aposentados e pensionistas estarão no Congresso hoje para pressionar pela aprovação da emenda que vincula o reajuste das aposentadorias ao mesmo percentual aplicado ao salário mínimo, em torno de 9,2%, em 2010. Contam com a promessa de o assunto ser votado, caso a pauta não esteja trancada, com o apoio de parte da bancada governista devido ao impacto eleitoral. A emenda do senador Paulo Paim (PT-RS), no entanto, não é aceita pelo governo. Há consenso de que, se aprovada, será vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Planalto propõe reajuste da inflação de 2009 mais 50% do percentual de crescimento do PIB no ano. Seria algo em tomo de 6.2%. (págs. 1 e País A5)

Lévi-Strauss morre em Paris

Um dos maiores pensadores do século 20, autor de obras essenciais para as ciências sociais como Tristes trópicos, o antropólogo e filósofo franco-belga Claude Lévi-Strauss, de 100 anos, morreu na madrugada de domingo, de ataque cardíaco, em Paris. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

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Correio Braziliense

Lévi-Strauss, o descobridor dos trópicos
Morre, aos 100 anos, o intelectual que fundou as bases da antropologia moderna a partir dos estudos desenvolvidos no Brasil dos anos 1930. Em entrevista ao Correio, em 2004, Claude Lévi-Strauss mostrou humildade. “Não deem aos meus modestos trabalhos demasiada importância. A posteridade terá me esquecido". (pág. 1)

Uma agência para cuidar das agências

O governo avalia a criação de uma instituição para supervisionar todas as agências e órgãos que exerçam atividades regulatórias ligados ao Poder Executivo. Segundo Luiz Alberto dos Santos, subchefe de análise e acompanhamentos de políticas governamentais da Casa Civil, o tema já foi debatido com ministérios e agências e gerou diferentes visões. A percepção do governo é que seria impossível debater e aprovar no Congresso esse modelo até o fim de 2010, ou seja, ainda neste mandato presidencial. O Organismo de Supervisão Regulatória (OSR), como pode vir a ser chamado, "seria um instrumento para avaliar os custos e benefícios das normas e seus impactos sociais, para evitar decisões exageradas", diz Santos. (págs. 1 e A3)
Schwartsman: não há evidência da doença holandesa no Brasil. (págs. 1 e A12)

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